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outubro 2017

Câncer de mama: risco é maior em quem faz tratamento para engravidar

Muito empregada em tratamentos de infertilidade, a estimulação ovariana pode aumentar as chances de câncer de mama. Esse tipo de tratamento implica no uso de medicamentos muito potentes para aumentar a quantidade dos hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona). Com base em fatos, estudo realizado na Suécia comprovou que mulheres que estão em tratamento para engravidar podem ficar mais vulneráveis ao câncer de mama no futuro – principalmente porque o tratamento costuma aumentar a densidade mamária da paciente. De acordo com a coordenadora da pesquisa, Frida Lundberg, muitas pacientes que se submeteram a tratamentos de fertilização ainda estão abaixo da idade em que geralmente o câncer de mama é diagnosticado. Isso motivou a investigaçã ;o que, pela primeira vez, estabeleceu uma correlação entre tratamentos de infertilidade e densidade mamária. 

Mulheres com histórico de infertilidade têm um volume maior de densidade mamária em relação às pacientes férteis, principalmente aquelas que se submeteram à estimulação ovariana. “O problema das mamas densas é que, durante a mamografia – que é um exame comprovadamente eficaz na detecção precoce do câncer de mama – nem sempre os resultados são conclusivos. A composição mamária está relacionada às quantidades relativas de tecido adiposo (‘escuro’ na mamografia) e fibroglandular (‘branco’ na mamografia). Mas nem sempre as imagens são claras o suficiente para não deixar dúvidas. Isto por que os tumores também são densos (‘brancos’), dificultando a diferenciação entre os tecidos”, diz Yoon Chang, coordenador do Departamento de Mama do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo. 

De acordo com o radiologista, os fatores mais frequentemente relacionados à densidade mamária são: idade, índice de massa corporal (IMC), paridade (quantidade de filhos nascidos) e tempo de uso de terapia de reposição hormonal (TRH). O fator nuliparidade (nunca ter tido filhos) também é citado em alguns estudos. “Mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária. Daí a importância de seguir à risca o calendário de mamografia anual. Além disso, é fundamental acrescentar informaç ões sobre a densidade mamária no resultado do exame, melhorando o modelo de prevenção à doença”. 

Chang cita a ultrassonografia de mamas como um excelente complemento à mamografia. “Estudos demonstram que a acurácia diagnóstica da combinação entre mamografia e ultrassonografia pode ser superior a 90%. A ultrassonografia também é fundamental nos casos em que a mamografia se mostra inconclusiva devido à presença de um nódulo. Como todo nódulo pode ter natureza cística, sólida ou ser uma combinação dos dois, esse tipo de informação somente é obtido através da ultrassonografia. Vale lembrar que, devido às particularidades do tecido mamário, a mamografia deve ser realizada sempre antes da ultrassonografia, a fim de se verificar os reais ganhos em termos de diagnóstico”.

 

Tempo seco: como cuidar da saúde das crianças

 

Por Crescer online – atualizada em 26/07/2017 11h54

 
O tempo está seco em grande parte do país. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade deve estar acima de 60%. Abaixo de 30%, considera-se estado de atenção e entre 19% e 12%, alerta.
A consequência desse clima pode provocar ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz e, principalmente, doenças respiratórias – o que se agrava ainda mais se o seu filho tiver algum tipo de alergia. Esses são alguns sinais de que o organismo está sentindo o ressecamento do ar.
Para ajudar você a amenizar o desconforto das crianças nesta época, conversamos com Cid Pinheiro, coordenador de equipe de pediatria do Hospital São Luiz (SP) e professor-assistente do departamento de pediatria da Faculdade de Medicina da Santa Casa (SP). Confira dicas:
O que pode acontecer
Tosse, coceira no nariz (em crianças menores pode até ocorrer casos de sangramento nasal), espirros, garganta seca e falta de ar são as manifestações respiratórias mais comuns. “A mucosa ocular também sofre com essa época de pouca chuva. Os olhos podem coçar e ficar vermelhos”, diz Pinheiro.
O que fazer
hidratação, de dentro para fora, é fundamental para melhorar os desconfortos. Água, sucos e chás são boas opções. “Colocar soluções fisiológicas no nariz da criança e fazer inalações somente com soro ajudam a aliviar o desconforto respiratório”, diz o pediatra.
Se a irritação for nos olhos, vale pingar algumas gotas de soro e fazer uma limpeza para umidificar o local. Já, se a pele da criança estiver muito ressecada, consulte o pediatra sobre alguma loção para ajudar a protegê-la.
Em casa, a higiene do ambiente com pano úmido no chão e nos móveis é fundamental para eliminar o acúmulo de poeira e evitar crises de alergia. Vale, ainda, colocar balde de água (longe do alcance da criança) para melhorar a umidade do ar.
Outra dica é evitar atividades ao ar livre entre 10 e 16h, quando o tempo está mais quente e o ar, mais seco.
Quando procurar o médico
Se a tosse da criança vier acompanhada de febre e falta de ar, é preciso consultar o especialista imediatamente, porque o ressecamento das vias aéreas pode provocar crises de alergia, como asma, por exemplo.
O mesmo procedimento deve ser feito caso os olhos da criança permaneçam irritados por mais de três dias, mesmo depois da higienização com o soro.

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